Manaus, 05/05/2024

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PONTA NEGRA: MESMO APÓS INTERDIÇÃO E ISOLAMENTO, POPULAÇÃO INSISTE EM PATRICAR ATIVIDADES NA ÁREA

PONTA NEGRA: MESMO APÓS INTERDIÇÃO E ISOLAMENTO, POPULAÇÃO INSISTE EM PATRICAR ATIVIDADES NA ÁREA
08/05/2020 10h20

Com o aumento de pessoas que voltaram a usar o complexo turístico Ponta Negra, na zona Oeste, para a prática de atividades durante a recomendação de isolamento social, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), que administra o espaço, voltou a reduzir ainda mais a iluminação pública no local.

Circuitos de luz foram desligados das áreas do skate park até o estacionamento recuado. O calçadão também teve as luzes reduzidas, para evitar a aglomeração de pessoas e o uso para caminhadas e corridas. Peças publicitárias foram criadas para orientar frequentadores, que o momento não é de passear no parque.

A Ponta Negra também está com a praia interditada desde o dia 22/3. A medida é parte das determinações do prefeito Arthur Virgílio Neto para estimular o isolamento social e proteger a população do contágio pelo novo coronavírus, causador da Covid-19. A interdição foi alinhada entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e o Implurb.

“Estamos buscando coibir de todas as maneiras a proliferação da Covid-19, então, por orientação do prefeito Arthur Neto e do secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, a Ponta Negra segue interditada, o comércio no local está fechado, sem funcionamento. A população precisa estar ciente de que não pode se dirigir até lá para se divertir e acabar causando uma aglomeração perigosa, para a propagação do novo coronavírus”, explica o diretor-presidente do Implurb, Cláudio Guenka.

A prefeitura reforça o pedido para que as pessoas evitem sair e realizar atividades esportivas em público, uma vez que estudos apontam que corridas e caminhadas podem espalhar o vírus num raio de até 10 metros. A prática de exercícios físicos deve ser feita em casa.

Orientações

Em virtude do isolamento social, as saídas de casa só devem ocorrer, para a realização de atividades essenciais – e, ao fazê-lo, é necessário manter de 1,5 metro a 2 metros de distância das outras pessoas. Essa tem sido a orientação das autoridades sanitárias da maioria dos países. Mas, segundo um estudo publicado por duas universidades europeias, ela só é válida para quem está parado: ao caminhar ou correr, um indivíduo pode exalar ou inalar microgotículas contendo vírus num raio de até 10 metros.

Os cientistas utilizaram um túnel de vento e ferramentas de CFD (fluidodinâmica computacional) para entender como partículas contendo o vírus podem se espalhar dependendo da atividade física que uma pessoa está realizando. Ao correr ou andar de bicicleta, o indivíduo se desloca muito mais rápido, se comparado a uma caminhada.

Isso significa que, se ele for portador assintomático do novo coronavírus, pode espalhá-lo por uma área maior. Os praticantes de atividades físicas também correm maior risco de contrair o vírus, justamente porque se deslocam mais depressa – e podem acabar entrando em “nuvens” que contenham o novo coronavírus em suspensão.

Testes anteriores, realizados em condições de laboratório por cientistas da Universidade da Califórnia e do Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA), constataram que o coronavírus pode ficar até 3 horas suspenso no ar.

Se alguém transpira, tosse ou espirra enquanto caminha, corre ou anda de bicicleta, a maioria das micropartículas permanece numa corrente de ar atrás dessa pessoa, o que faz com que outra que venha atrás se mova em meio a essa nuvem de micropartículas.

Com informações da assessoria

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