Manaus, 26/04/2024

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Preso por corrupção, herdeiro da Samsung ganha indulto para reanimar economia da Coreia do Sul

Lee Jae-yong durante visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à fábrica da Samsung na Coreia do Sul, em maio deste ano. (Getty Images)
Lee Jae-yong durante visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à fábrica da Samsung na Coreia do Sul, em maio deste ano. (Getty Images)
16/08/2022 11h50

Preso por corrupção, herdeiro da Samsung ganha indulto para ajudar economia da Coreia do SulO ​​vice-presidente herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, foi perdoado pelo presidente da Coreia do Sul na sexta-feira pelo crime de suborno, permitindo-lhe maior liberdade para administrar a gigante de smartphones e semicondutores.

O bilionário havia sido preso duas vezes, mas estava em liberdade condicional desde o ano passado. Agora, o perdão especial do presidente acaba com a proibição de cinco anos para que Lee que ocupe um cargo formal na Samsung. As ações da empresa subiram 1% em Seul com a notícia.

“Vou trabalhar mais e cumprir meus deveres como empresário”, disse Lee, depois que seu perdão foi concedido.

“Vou contribuir para a economia através do investimento contínuo e da criação de empregos para os jovens, retribuindo as expectativas do povo e a consideração do governo”, acrescentou.

Lee atua como líder da Samsung desde 2014, quando seu pai entrou em coma após sofrer um ataque cardíaco. Ele morreu em 2020.

O perdão presidencial vem antes do Dia da Libertação do país, que marca a libertação da Coreia do domínio imperial japonês em 1945. O governo sul-coreano geralmente concede perdões em torno da data comemorativa.

Lee, também conhecido como Jay Y. Lee, foi condenado a cinco anos de prisão por peculato e suborno em agosto de 2017, mas saiu em liberdade menos de um ano depois, em 2018, quando um tribunal de apelações rejeitou algumas das acusações e suspendeu a sentença.

O empresário, no entanto, foi enviado de volta à prisão em janeiro de 2021, depois de ser condenado a dois anos e meio após o Supremo Tribunal de Seul considerá-lo culpado de peculato e suborno. Ele foi colocado em liberdade condicional no Dia da Libertação em agosto passado.

Junto com Lee, o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, e dois outros líderes empresariais foram incluídos no grupo perdoado ou reintegrado pelo presidente Yoon Suk Yeol.

O ministro da Justiça da Coreia do Sul, Han Dong-hoon, anunciou na sexta-feira que “para superar a crise econômica revitalizando a economia, o vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, cujo mandato terminou recentemente, será reintegrado”.

Apesar de um ambiente econômico incerto exacerbado por problemas de longa data na cadeia de suprimentos e pela guerra na Ucrânia, a Samsung delineou alguns planos de investimentos ousados ​​este ano.

Em maio, o conglomerado sul-coreano disse que investiria mais de US$ 350 bilhões em seus negócios e criaria dezenas de milhares de novos empregos nos próximos cinco anos, a maioria na Coreia do Sul.

Sem restrições

O perdão abre caminho para que Lee trabalhe sem restrições. De acordo com a lei sul-coreana, se uma pessoa for condenada por peculato ou quebra de confiança no valor de mais de 500 milhões de won coreanos (US$ 384.101), essa pessoa não poderá trabalhar para uma empresa relacionada ao crime por cinco anos, mesmo após o término da pena de prisão. A reintegração levantará as restrições de emprego de Lee.

No entanto, seus problemas legais podem não ter acabado. Ele enfrenta um julgamento separado sobre uma controversa fusão de 2015 que o ajudou a aumentar o controle sobre a empresa.

Onze executivos da Samsung, incluindo Lee, foram indiciados em 2020 por acusações como transações ilegais, manipulação de ações e perjúrio.

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