Manaus, 02/05/2024

Brasil

Primo de filhos de Bolsonaro está entre alvos da Polícia Federal em nova fase da Lesa Pátria

Primo de filhos de Bolsonaro está entre alvos da Polícia Federal em nova fase da Lesa Pátria
25/10/2023 09h00

A Polícia Federal tenta prender nesta quarta-feira (25) mais cinco suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro – quando vândalos invadiram e danificaram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em Brasília.

Além dos mandados de prisão preventiva, a PF cumpre também 13 ordens de busca e apreensão contra 12 suspeitos em quatro estados. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

A GloboNews apurou que Léo Índio, primo de três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, está entre os alvos de buscas. No fim de janeiro, a PF já tinha feito buscas em endereços dele em Brasília e no Rio.

A TV Globo também apurou que, por volta das 9h, Léo Índio prestava depoimento sobre os atos golpistas na sede da PF, em Brasília.

Esta é a 19ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada ainda em janeiro. A etapa atual mira tanto os participantes dos atos golpistas quanto os incentivadores da ação.

Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).

Até a última atualização desta reportagem não haviam sido dadas informações sobre os alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão.

Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido;
  • crimes da lei de terrorismo.

Em nota, a defesa de Léo Índio afirmou que “nada foi encontrado” na busca feita anteriormente em endereços do político e que pediu acesso aos termos do inquérito no STF, mas ainda não recebeu essa autorização.

Léo Índio

Ainda nas horas seguintes aos atos de vandalismo em Brasília, em janeiro, Léo Índio publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma das postagens, ele aparece com os olhos vermelhos, segundo ele devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.

Em outro post, após a repercussão e em um ambiente que não parece ser a área central de Brasília, ele escreveu: “Muitos feridos, muitos socorridos. Patriotas não cometem vandalismo”.

Léo Índio, que se descreve em suas redes sociais como sobrinho de Bolsonaro, foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, mas não foi eleito. Ele também atuou como assessor do senador Chico Rodrigues (União-RR).

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