23/07/2019 16h30
Na manhã desta terça-feira, 23 de julho, o Programa Estadual
de Proteção e Orientação ao Consumidor (Procon-AM) realizou diligência de registro
de denúncias no município Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus em linha reta),
para atender consumidores e comerciantes da cidade que desde a última
sexta-feira (19/07) estão sem energia elétrica devido ao rompimento de um cabo
submerso da concessionária de luz Amazonas Energia.
Tendo como objetivo relacionar os prejuízos dos moradores, uma vez que a qualidade de vida e o interesse econômico dos consumidores estão sendo prejudicados, em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-AM), Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC-ALEAM), será movida uma ação administrativa contra a Amazonas Energia.
“Cerca de 250 formulários foram entregues para que
sejam preenchidos e anexadas fotos, cópias de notas fiscais e demais documentos
que comprovem os prejuízos sofridos neste período sem luz”, explica o
chefe da fiscalização do Procon-AM, Pedro Malta. Ele também informou que os
registros em Iranduba vão continuar nesta quarta-feira (24/07) e que os fiscais
estarão nas ruas do município para atender a população.
O comerciante Levemilton Mendonça, disse que, além da
clientela ter diminuído devido à falta de operações bancárias, a drogaria de
sua propriedade já conta com prejuízo diário de cerca de 850 reais em vendas e
prevê perdas de mercadorias. “Alguns medicamentos precisam de
refrigeração, os sorvetes estão sem condições de consumo e a maquineta de cartão
não funciona. Antes, eu vendia de 800 a 900 reais e agora “tô” fazendo 50 reais
por dia”, lamenta.
Sem água
A vendedora de dindim, Rosa Mariete disse que está sem água no mesmo período da falta de luz e que por isso não pode fazer o produto para vender. Ela enfatiza que atualmente depende da solidariedade dos vizinhos para beber água. “Não tenho mais dinheiro para comprar água e em casa tem uma idosa que está doente. Vou fazer a reclamação ao Procon porque pago em dia a luz e a água e agora não posso fazer meus dindins. Estou dependendo dos vizinhos para não passar sede”, desabafa a moradora.
Prejuízos
Os itens que mais aparecem nas reclamações formalizadas é o prejuízo de mercadorias perecíveis, como alimentos e medicamentos, serviços que não estão funcionando, como o de restaurantes e lanchonetes, odontologia e os oferecidos em salão de beleza.
Providências
No último dia 22, O gestor do Procon-AM, Jalil Fraxe, se reuniu com a diretoria da Amazonas Energia para cobrar providências urgentes e destacou que o consumidor de Iranduba precisa de explicações sobre as providências que serão tomadas para sanar o problema. “O Procon-AM está cumprindo o seu papel amparado pelo Código de Defesa do Consumidor que, neste caso, determina que o fornecedor de serviços responde pela reparação dos danos causados aos consumidores e pelos defeitos relativos à prestação de serviços, portanto, a concessionária de energia precisa dar esse retorno à população que está sendo prejudicada em seus direitos”, reforça Fraxe.