Manaus, 06/05/2024

Amazonas

PROFISSIONAIS TERCEIRIZADOS DAS UNIDADES DE SAÚDE PÚBLICA ANUNCIAM POSSÍVEL PARALISAÇÃO POR FALTA DE PAGAMENTO

Foto: Danilo Mello/Aleam
Foto: Danilo Mello/Aleam
08/11/2019 10h49

Mais de 100 profissionais terceirizados da saúde estiveram nesta quarta-feira (06), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para reivindicar do Governo do Amazonas um cronograma de pagamentos dos vencimentos que estão atrasados há mais de quatro meses. Na última terça-feira (5), a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) cancelou a reunião que iria definir o pagamento dos servidores.

A reunião, ocorreu no auditório da Casa, entre os representantes terceirizados, juntamente com o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos), que alertou que uma possível greve da categoria poderá levar a paralisação de 70% dos serviços nas unidades de saúde, podendo causar mais mortes no Estado.

O deputado fez um apelo ao Governo para que se sensibilize  com a real situação que se encontra o profissionais. “Faço um apelo para que o Governo não seja insensível e mostre que realmente se importa com seu povo. Até agora não entendi o porquê do cancelamento da reunião com a Sefaz e a Susam, até porque não existe nada pior e mais grave do que a ameaça de parar a saúde no Amazonas. São quatro meses sem salários. O Sindicato vai parar, vai ter greve. É uma tragédia anunciada”, ponderou Wilker.

O Líder da Minoria ressaltou, ainda, que o colapso na saúde que o Estado enfrenta atualmente ficou pior na gestão de Wilson Lima e reforçou que, além do atraso de salários dos terceirizados, acumula vários problemas como falta de insumos e medicamentos nas unidades hospitalares.

“O problema dos salários não faz parte das dívidas passadas, é de um exercício corrente que arrecada R$ 19 bilhões. É uma questão humanitária, é a falta de sensibilidade e compaixão do Governo pelo povo do Amazonas. São quase cinco meses de salários atrasados numa gestão de dez meses, é lamentável”, disse Barreto.

Solução rápida

Durante a reunião Wilker solicitou que o Executivo agende, em caráter de urgência, um novo encontro entre a Susam, a Secretaria da Fazenda, cooperativas de saúde e terceirizados para resolver o problema o mais rápido possível. O encontro, contou com a presença da líder do governo, deputada Joana Darc (PL) e do parlamentar de oposição, Dermilson Chagas (PP).

“É preciso que seja feita uma reunião para chegar a um acordo entre as partes e resolver logo o problema. É preciso que o Executivo tome a decisão firme de acabar com essa indefinição e garanta o Natal e o Ano novo de seis mil trabalhadores”, disse o parlamentar, sugerindo ainda uma nova forma de pagamento para os terceirizados:

“O Governo pode até manter as datas de 27 de novembro e 27 de dezembro para fazer o pagamento (apesar desse período não ser oficial por parte do Executivo) desde que as empresas comecem a pagar na segunda quinzena deste mês ou começo de dezembro, até o dia 15. Isso sem falar do décimo até o dia 20 de dezembro”, sugeriu.

Indicativo de greve

José Picanço, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv), anunciou que a paralisação vai envolver 70% dos profissionais na saúde pública.  “Se o Governo não resolver a questão dos nossos pagamentos, vamos lançar o edital para todos os jornais e órgãos competentes e paralisar 70% do atendimento nos próximos dias. Chega, é muita humilhação”, avisou o diretor.

 

 

*Com informações da Assessoria do Deputado Wilker Barreto (Podemos)

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