01/02/2019 11h30
Cerca de 200 pessoas são esperadas para a primeira palestra do Projeto Reeducar de 2019, que acontecerá na segunda-feira (4), no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, zona Centro-Sul da capital. O projeto do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) tem a finalidade de contribuir com a reinserção social de liberados provisórios.
Idealizado e coordenado pela juíza Eulinete Tribuzy, titular da 11ª Vara Criminal do TJAM, o Reeducar já atendeu, desde sua implantação, em 2009, mais de 13.000 liberados provisórios. Só em 2018, foram 2.169 participantes das atividades, que incluem palestras, emissão de documentos como RG e carteira de trabalho, acompanhamento psicológico, encaminhamento para participação em cursos profissionalizantes, além de encaminhamento para o mercado de trabalho.
F.N., de 20 anos, foi presa por tráfico de drogas e após cumprir parte da pena e ser colocada em liberdade provisória, ingressou no Projeto Reeducar. Em seis meses, concluiu cursos como brigadeiro gourmet, marketing pessoal, reposição de mercadorias e informática. Agora, acaba de receber a primeira proposta de emprego, numa vaga de recepcionista. “O Projeto Reeducar me colocou no caminho certo. Passei a despertar por conta desse projeto. Descobri, através dele, que é possível viver plenamente, fazendo aquilo que é certo e eu pretendo nunca mais voltar para o mundo das drogas”, destacou.
Para a psicóloga Nádia Teles, diretora do projeto, é grande a expectativa com o início do Reeducar neste ano, por conta da participação de parceiros como o Senai, Senac, Cetam, Setrab e Semtepi, que ajudam na formação dos liberados provisórios através da realização de cursos e oficinas.
A palestra da próxima segunda-feira (4) não é um convite, é uma obrigação a ser cumprida pelos liberados provisórios, conforme determinação do juiz responsável pelo processo. Mas é durante as palestras que eles são convidados a participar das atividades que podem significar uma mudança em suas vidas.
“Já neste primeiro semestre, em parceria com as várias instituições, o Reeducar estará promovendo cursos de qualificação voltados, principalmente, para microempreendedor individual (MEI), como alternativa ao reeducando para que, ao qualificar-se, ele tenha oportunidades de montar seu próprio negócio, de forma honesta, longe do crime”, destacou Nádia.