18/04/2019 15h45
Os ânimos estão acalorados no Partido Popular Socialista (PPS) no Amazonas. Isso porque os correligionários se posicionaram contra as manobras arquitetadas na surdina, pelo ex-presidente municipal da legenda, Manoel Almeida junto com o presidente estadual, Elcy Barroso.
De acordo com relatos de filiados ao PPS – que pediram para não ter seus nomes revelados temendo retaliações-, a renúncia de Manoel foi fruto de um acordo com o presidente da executiva estadual, Elcy Barroso. Os dois tentaram de forma ilegítima, vender para o filiado Jesus Alves, de olho nas eleições municipais de 2020.
Em um encontro entre Manoel e Elcy, não divulgado entre os demais membros do PPS, Manoel entregou sua carta de desfiliação. A intenção dessa manobra era garantir que fosse feita uma nova eleição provisória, onde Jesus Alves seria conduzido para assumir a vaga de Manoel.
Ao ter conhecimento desse acordo, membros da executiva municipal decidiram se reunir na noite de quarta-feira (17), para definir a nova composição, contrariando o que tinham combinado Manoel e Elcy. Devido ao clima tenso, a reunião aconteceu em frente à sede do partido, no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus, pois o Presidente Estadual Elcy Barroso teria se negado a dar a chave para abrir a sede do partido.
Priscila Souza, ex-secretária geral, não cedeu às pressões e é a nova presidente municipal da legenda. Com a desfiliação do PPS, da ex-vice- presidente da executiva municipal, Nubia Moraes, Priscila era a legítima sucessora ao cargo de presidente. Foram definidos também os nomes que compõem a nova executiva municipal, que será responsável por conduzir o processo político na capital em 2020.
A decisão será informada ao Tribunal Regional Eleitoral através da executiva nacional do PPS.