Durante a sessão plenária desta quarta-feira, 13, o deputado estadual Roberto Cidade (PV) cobrou maior fiscalização sobre as embarcações que trafegam nos rios da Amazônia. Ele se referiu ao acidente com o barco Alice, ocorrido no último domingo, 10, que virou no meio do rio no trajeto Lábrea – Manaus. Trinta pessoas estavam a bordo. Não houveram vítimas, apenas prejuízos materiais.

“Irei fazer uma visita ao comandante da Capitania dos Portos e também aos representantes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para falarmos sobre as fiscalizações dos barcos. Queremos detectar quais são as dificuldades e de que formas podemos contribuir para garantir a segurança dos passageiros que utilizam essa forma de transporte”, afirmou o deputado.

Como presidente da Comissão de Transportes, Trânsito e Mobilidade da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade tem sido taxativo em afirmar que irá se empenhar em melhorar as condições do transporte aquaviário, o que tem sido apoiado por outros deputados da Casa.

“A falta de regulamentação para a navegação no Estado dificulta o processo de fiscalização de transportes fluviais. Sem ordenação do sistema acontece uma série de prejuízos, principalmente legais, aos prestadores de serviços e aos usuários”, finalizou Cidade.

Números

Em 2018, foram registrados 92 acidentes com embarcações nos rios do Amazonas. No ano anterior, foram mais 97 acidentes. Segundo a Marinha do Brasil, a maioria dos acidentes envolve embarcações de transporte de passageiros, esporte e recreio. A principal causa está relacionada ao descumprimento das normas de segurança da navegação, principalmente viagens com embarcações acima da capacidade suportada.

Durante viagens navais, o passageiro que observar que o barco está acima do limite de passageiros, sem coletes salva-vidas, boias ou extintores de incêndio, pode denunciar pelo número 185 da Marinha.

Tragédia em Suzano também foi destaque

Durante o discurso na tribuna, o deputado também destacou a tragédia que vitimou dez pessoas em Suzano, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, quando dois adolescentes entraram armados em uma escola pública estadual e mataram oito pessoas, cometendo suicídio em seguida.

“Essa tragédia nos traz grande preocupação porque nada impede que um dia aconteça em alguma escola de Manaus ou do interior. Devemos estar atentos e, de alguma forma, contribuir com o reforço da segurança nas escolas. Mais do que um dever, é nossa obrigação”, concluiu.