Manaus, 26/04/2024

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SECRETÁRIO DE BOLSONARO, MÁRIO FRIAS FICA CHATEADO COM IMITAÇÃO DE ADNET

SECRETÁRIO DE BOLSONARO, MÁRIO FRIAS FICA CHATEADO COM IMITAÇÃO DE ADNET
05/09/2020 13h00

O secretário especial de Cultura, Mario Frias, se irritou com uma imitação feita por Marcelo Adnet e usou sua página no Instagram para atacar o humorista. “Garoto frouxo e sem futuro (…) Bobão”, escreveu Frias entre outros ataques e xingamentos. Adnet fez uma paródia do vídeo do governo de Jair Bolsonaro estrelado pelo secretário que anuncia, em tom ufanista, uma série chamada “Um povo heroico”. A esquete está disponível no Globoplay.

Na gravação original, publicada pela Secretaria de Comunicação (Secom) na última quinta-feira (3), Mario Frias aparece andando pelo Museu do Senado, em Brasília, em meio a uma trilha sonora apoteótica e com um discurso nacionalista. O ator diz que tem o objetivo de contar a história dos brasileiros e aparece observando obras de arte e peças históricas que não são identificadas pela produção.

Já na imitação feita por Adnet, Frias aparece perdido sem conhecer nenhum dos símbolos da identidade do povo brasileiro que vão surgindo nas imagens. “Descobriremos juntos, como herois que somos, o que significa cada um desses símbolos da nossa cultura”, diz o personagem da esquete.

A paródia foi feita dentro do quadro “Sinta-se em casa com Marcelo Adnet” em que o humorista imita diversos personagens. A esquete é parte de uma versão humorística do “Arquivo confidencial” do “Domingão do Faustão”, em que o convidado é o presidente Jair Bolsonaro. Também aparecem no vídeo imitações do advogado Frederick Wassef e Fabrício Queiroz.

Em vídeo sobre heróis brasileiros, Mario Frias aparece diante de retrato de rei belga

Escolhido como cenário para a gravação da apresentação da websérie “Um povo heroico”, produzida pela Secretaria de Comunicação (Secom) e “estrelada” por Mario Frias, secretário especial da Cultura, o Museu do Senado foi criado em 1991 para receber o acervo de arte e mobiliário guardado entre 1925 e 1960 no Palácio Monroe, onde a casa legislativa funcionou, antes de ser demolido em 1976. A instituição é responsável por mais de três mil itens, que também são mantidos em gabinetes parlamentares e residências oficiais. Fazem parte do acervo obras de artistas brasileiros de projeção internacional, como Di Cavalcanti (1887-1976), Djanira (1914-1979), Burle Marx (1909-1994) e Anna Bella Geiger, além de projetos assinados pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

Para compor as imagens do vídeo, a produção buscou obras mais acadêmicas, cuja estética solene reforçasse o tom ufanista da peça, que, nas palavras de Frias, tem como objetivo narrar “uma História tão bela e grandiosa quanto desprezada e vilipendiada por anos de destruição da identidade nacional”. Curiosamente, uma das telas destacadas na gravação, com o secretário posando à frente, retrata um rei belga. O “Retrato do rei Alberto da Bélgica” foi pintado em 1920 pelo compatriota Jacques Madyol (1871-1950), e posteriormente doado ao Senado brasileiro.

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