“Senti um choque”, diz mulher que filmou guia morto por raio
27/11/2023 11h45
Imagens de um raio atingindo um grupo de turistas em uma trilha na Pedra da Gávea, no Rio, no último dia 19 de novembro, repercutiram nas redes sociais. A descarga elétrica matou o guia turístico Leilson Souza, de 36 anos, que estava acompanhado do irmão e de um grupo de turistas. Neste domingo (26), o Fantástico, da TV Globo, exibiu entrevistas com algumas das testemunhas.
– Na hora eu senti um choque na minha mão, mas aí, ao mesmo tempo, ele [marido da testemunha] já fala: “O cara morreu” (…). Quando entendi o que estava acontecendo, desliguei o telefone e foi desespero total – disse a turista Karlla Araújo, que filmou o guia momentos antes e estava se gravando no momento do acidente.
Marido de Karlla, o empresário Paulo Eduardo Santos relatou que, antes da descarga elétrica, notou sinais estranhos.
– Também senti meu dedo coçando bastante e, quando a gente se aproximou do topo, ouvimos um barulho de energia – disse.
Conforme especialistas ouvidos pelo Fantástico, antes de um raio cair em um local, forma-se um campo magnético. O fenômeno causa sensações como formigamento e faz até os cabelos arrepiarem. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, de 2013 a 2022, ao menos 835 pessoas perderam a vida por raios no Brasil, média de 83,5 mortes por ano.
O número de mortes no Brasil é cerca do dobro dos óbitos registrados na República Democrática do Congo e o triplo do número de mortes nos Estados Unidos, os dois países com mais raios após o Brasil. O Brasil é campeão mundial em incidência de raios, com cerca de 78 milhões de descargas todo ano, segundo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“ERA O GRANDE APOIO DA FAMÍLIA” Leandro Barros, irmão de Leilson que também estava junto ao grupo no momento da trilha, relatou que cerca da metade dos serviços que o irmão fazia como guia eram na trilha Pedra da Gávea. Ele também relatou que Leilson era bastante experiente em fazer o trajeto. Sobre a vida pessoal, Leandro disse que o irmão era o “apoio da família”.
– Ele era o grande apoio da família. Era um cara feliz, que se dava bem com todo mundo – disse.
Leandro contou também como reagiu após a morte do irmão.
– Corri para cima da pedra, verifiquei pulso, coração e nada (…). Passei a corda que eu estava embaixo do ombro dele. Pedi a ajuda a dois rapazes e falei: “Gente, precisamos tirar meu irmão daqui, senão a gente não vai descer. Aquele momento foi muito difícil, porque não tinha o que fazer – completou.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.