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Tóquio fecha Olimpíadas com festa discreta e celebrando esforço contra pandemia

Tóquio fecha Olimpíadas com festa discreta e celebrando esforço contra pandemia
08/08/2021 17h00

As Olimpíadas 2020 foram encerradas oficialmente neste domingo (8) em uma cerimônia marcada por um clima intimista, com as esperadas referências à cultura do país sede, como costumam ser os eventos desse tipo. Mas, assim como havia ocorrido na abertura, o estádio vazio evidenciava o que tornou esta uma edição especial dos Jogos muito antes de acender a pira olímpica: a pandemia.

O minimalismo é uma das características mais marcantes da cultura japonesa e era esperado na festa independentemente de qualquer momento histórico. Mas é inevitável a certeza de que tudo foi ainda mais discreto por causa do momento, muito distante, por exemplo, do que se viu no Rio de Janeiro, com muitas cores e música.

Sem público no Estádio Nacional, não houve qualquer tipo de manifestação, de aplausos efusivos a vaias solenes, que se destacasse. E o distanciamento preservado entre atletas, voluntários e autoridades, quase o tempo todo de máscara, trouxe à lembrança o padrão de comportamento que desenvolvemos em quase dois anos de pandemia: os protocolos sanitários à frente da execução de qualquer outro protocolo.

Não foi diferente do que se viu no tradicional ato de “recebimento” dos Jogos pela sede seguinte. Em vez de ocupar uma parte da cerimônia de encerramento com um teaser da próxima edição dos Jogos, a festa francesa foi transmitida por vídeo, remotamente. O que se viu de Paris, por outro lado, contrastava com tudo que acontecia na cerimônia de Tóquio.

Em frente à Torre Eiffel, atletas e torcedores franceses, muitos sem máscara, protagonizaram o único momento olímpico em que se observou a aglomeração de pessoas. No entanto, segundo a agência Reuters, era necessária a apresentação do certificado de vacinação ou de um teste negativo para a Covid-19 para entrar na área reservada ao público.

Foi assim que Tóquio se despediu das Olimpíadas em que o público não foi convidado para a festa. Agora é esperar que da próxima vez que as pessoas forem se aglomerar para um evento olímpico em Paris seja necessário apenas um ingresso para entrar.

A solenidade

A cerimônia no Estádio Nacional de Tóquio começou com um vídeo que revisava os momentos marcantes dos Jogos. Sem a presença do público, a exibição foi responsável por criar o clima necessário para o início oficial da solenidade, marcada pela entrada do príncipe Akishino e do presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach.

Cumpridos os protocolos iniciais, era hora de tocar o hino nacional japonês e iniciar a tradicional entrada dos porta-bandeiras de cada país — Rebeca Andrade, dona de um ouro e uma prata em Tóquio, representou o Brasil. As delegações vieram em seguida.

Diferentemente do evento que abre os Jogos, onde o desfile dos atletas segue um procedimento estabelecido, a aparição dos esportistas na festa de encerramento ocorre de maneira informal, sem distinção obrigatória entre os países. Em Tóquio, esse padrão se repetiu, mas com uma quantidade bem pequena de atletas.

A delegação brasileira, por exemplo, tinha seis pessoas: Rebeca Andrade, o treinador da ginástica artística Francisco Porath, o boxeador e campeão olímpico Hebert Conceição, a médica do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) Ana Carolina Corte, o sub-chefe da missão brasileira em Tóquio Sebástian Pereira, e Bira, identificado como o mais antigo colaborador do comitê brasileiro.

A sensação ao olhar para a festa era de um grupo ainda menor do que o que se viu na abertura, quando muitas delegações, por precaução, enviaram versões bem pequenas de suas delegações – na ocasião, o Brasil entrou com apenas três pessoas.

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