Treinador de futsal denunciado por assediar ao menos 12 jogadoras é preso
18/03/2023 10h30
O treinador de futsal denunciado por assediar pelo menos por 12 atletas em Fortaleza (CE) foi preso em uma operação da Polícia Civil realizada na noite de quinta-feira (16) na Praia de Iracema. Conforme a Secretaria da Segurança, o técnico é suspeito de crimes de estupro e estupro de vulnerável.
As vítimas são garotas com idade entre 13 e 17 anos. Elas afirmam que receberam mensagens com termos obscenos e convites inadequados, além dos assédios que aconteciam durante os treinos. O clube feminino treina em uma antiga escola no Centro da capital cearense, onde ocorrem os casos de abuso, conforme a denúncia.
Elas relatam na denúncia contra o técnico de futsal:
que ele enviava mensagens se referindo às atletas por termos obscenos;
fazia convites íntimos e indevidos;
enviou uma mensagem em áudio com ameaça de morte a uma delas;
tocou as partes íntimas das garotas durante massagens.
Uma garota chegou a filmar o técnico quando ele fazia uma massagem e aproximou a mão da virilha dela; quando percebeu que era filmado, ele tira o aparelho celular dela.
O advogado de defesa do treinador, Fábio Mendes, disse que a prisão preventiva foi determinada na noite desta quinta-feira (16) e que entende que a prisão foi ilegal. Segundo a defesa, “não estão presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva”. O advogado disse que irá recorrer da decisão.
Ameaças de morte
Um áudio enviado pelo treinador a uma das atletas contém uma ameaça de morte à vítima, caso ela não se saísse bem em um jogo. Uma das vítimas também relatou que o treinador tocou várias vezes nas partes íntimas dela, sem consentimento.
“Deixa a *** com as bobagens dela que o *** dela é cabeludo. Ela não raspa nem o *** dela. Tu não. Se tu ficar com bobagem aí, eu mando te matar, viu?”, diz o áudio enviado pelo treinador.
Toque íntimos e palavras obscenas
Outra vítima que denunciou o técnico de futsal afirmou que o treinador pedia para que as atletas deitassem em camas e deitava sobre elas. Como justificativa pelo ato, ele dizia fazer parte de um “trabalho de aceleramento de coração”.
“Ele mandava a gente deitar na cama e ele deitava por cima da gente. No meio do que ele se deitava por cima da gente, ele meio que fazia gestos e pinava [toque obsceno com a genitália sob a roupa] na gente como se tivesse em uma relação sexual. Em todo tempo a gente pedia para ele parar e ele não saía”, relatou uma vítima.
Ela acrescentou que, quando sofria dor no tornozelo, o treinador pediu para que ela trocasse o short e passou uma pomada na virilha dela, chegando a tocar em sua parte íntima.
“Eu achei estranho. Ele puxou meu short e disse: ‘troca teu short porque esse teu short vai incomodar no trabalho. Aí ele me deu um bem largo. Peguei o short, troquei e ele passou pomada na minha virilha. Quando eu menos pensei, ele estava querendo colocar a mão [na parte íntima]”, contou.
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