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VACINA CONTRA A COVID-19: ACOMPANHE A CORRIDA DOS PAÍSES PELA IMUNIZAÇÃO

07/08/2020 12h59

O novo coronavírus demonstra — desde sua descoberta em Wuhan, na China, em dezembro de 2019 — ter alta capacidade de contágio e taxa de letalidade por volta de 3,5%. Até o momento, o Sars-CoV-2 já infectou mais de 18 milhões de pessoas pelo mundo e tirou a vida de mais de 700 mil. Por esses motivos, o planeta entrou em uma corrida para encontrar não só remédios eficazes no tratamento da Covid-19, mas sobretudo uma vacina capaz de prevenir a infecção pela doença.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 120 vacinas propostas por cientistas do mundo todo, das quais seis estão em fase 3, a última fase de testes em humanos antes da aprovação. São elas: Sinovac (China), Instituto Biológico de Wuhan/Sinopharm (China), Instituto Biológico de Pequim/Sinopharm (China), Oxford/AstraZeneca (Reino Unido), Moderna/NIAID (EUA) e BioNTech/Pfizer.

A OMS diz estar “está promovendo um diálogo aberto e regular entre pesquisadores e desenvolvedores de vacinas para agilizar o intercâmbio de resultados científicos, debater preocupações e propor métodos rápidos e robustos para avaliação de vacinas”. A organização defende o respeito e cumprimento dos protocolos e regulamentos em vigor no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde, a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias e a Gavi, a Aliança pela Vacina, estão trabalhando juntas para obter acesso igualitário e amplo entre os países. Eles delinearam um plano de US$ 18 bilhões em junho para lançar vacinas e garantir dois bilhões de doses até o final de 2021.

No entanto, no dia 3 de agosto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em entrevista coletiva online na sede da entidade, em Genebra, que uma vacina pode nunca existir. A orientação é que países não esperem pela imunização e façam o que for possível para controlar a pandemia.

Para tanto, a OMS vem reafirmando diariamente que é possível controlar a disseminação da doença e reduzir a mortalidade com políticas de testagem em massa, rastreamento de casos suspeitos e adoção de medidas de distanciamento social e higiene, com o devido exemplo de lideranças e com apoio às comunidades, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.

Vacinas são testadas no Brasil

Há três candidatas a vacina contra a Covid-19 sendo testadas no Brasil. Cientistas se preparam para pedir autorização para a realização de um quarto teste.

A primeira é a desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, a que está “mais avançada” segundo a OMS. São cinco mil voluntários brasileiros residentes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Em São Paulo, os estudos dessa vacina são liderados pela Unifesp. A infraestrutura médica e de equipamentos são financiados pela Fundação Lemann. No Rio e Salvador, os testes ficam a cargo do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, da Rede D’Or, que vai cobrir os custos da primeira fase da pesquisa.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou uma Medida Provisória (MP) no dia 6 de agosto que libera cerca de R$ 2 bilhões em crédito extraordinário para a produção e disponibilização de possível vacina contra a Covid-19, que se encontra em fase de pesquisa. A MP foi assinada por Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto.

O Ministério da Saúde fechou um acordo com a AstraZeneca de transferência de tecnologia para a fabricação de vacinas no Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A previsão é que insumos para a produção de 15 milhões de doses (o primeiro lote) cheguem ao Brasil até dezembro. A expectativa é que o primeiro lote seja liberado em janeiro de 2021.

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