Manaus, 03/05/2024

Amazonas

“Vidas foram perdidas pela falta de ações desse governo”, diz presidente do SIMEAM 

Foto: Divulgação
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14/06/2021 15h41

Mario Vianna cobra que parlamentares cumpram o compromisso de defender os diretos da população. O presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas – SIMEAM, Dr. Mario Vianna, protocolou nesta segunda-feira (14), na Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), pedido de suspensão cautelar em impeachment contra o governador Wilson Lima. A medida cobra dos parlamentares a apreciação do segundo pedido de impeachment de autoria do SIMEAM, protocolado em dezembro de 2020.

Os principais pontos do documento são os últimos acontecimentos referentes a CPI da Pandemia, no Senado Federal, desdobramentos da 4ª fase da Operação Sangria da Polícia Federal, além de denúncias que tem sido expostas pela imprensa desde 2019, antes da pandemia, que envolvem desvios de verbas públicas e contratações irregulares.

“Todas as denúncias que o SIMEAM fez desde 2019 foram confirmadas, tanto pela Polícia Federa, quanto pela CPI da Saúde da ALEAM, que foi impulsionada pelas denúncias do sindicato dos médicos. E agora a gente vê o governador Wilson Lima, que num determinado momento, disse que tinha todo o interesse de depor na CPI do Senado, de repente, se diz impedido por causa da situação da crise pela falta de segurança em Manaus, que é uma outra pandemia”, ponderou Mario Vianna.

Na avaliação do presidente do SIMEAM, não há dúvidas de que o chefe do executivo estadual deveria depor na CPI da Covid, e que, ao recorrer ao Superior Tribunal Federal (STF), ele se auto incriminou. “Ele perdeu a oportunidade de contar a sua versão dos fatos, além de ter apresentado justificativas contraditórias ao STF e à CPI”, declarou Vianna.

Mario Vianna lembrou o episódio que ficou conhecido como a “rachadinha dos 5%”, envolvendo nomes de deputados estaduais numa lista encontrada no gabinete do governador Wilson Lima, durante a segunda fase da Operação Sangria, e declara que espera que os parlamentares cumpram o compromisso de defender os diretos da população.

“A população está de olho e percebe claramente que essa Casa não tem tido o zelo que deveria ter pela coisa pública. Vidas foram perdidas pela falta de ações desse governo. A crise do oxigênio se tornou pauta mundial e nada vai apagar as mortes pela falta de planejamento do sistema público de saúde do estado, que teve três secretários presos, o que demonstra que, há sinais de provas robustas de que o governo comete desvios, não só com dinheiro público, mas também, na questão ética e na gestão de uma forma geral”, ponderou o médico sindicalista.

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