Manaus, 29/04/2024

Economia

Investimento estrangeiro no Brasil é o menor para agosto desde 2020, diz BC

Investimento estrangeiro no Brasil é o menor para agosto desde 2020, diz BC
25/09/2023 15h30

Os investimentos estrangeiros diretos no Brasil tiveram queda de 57,4% em agosto deste ano. O número caiu de US$ 10 bilhões no mesmo mês do ano passado, para US$ 4,3 bilhões em 2023.

“Esse resultado ficou aquém do aconteceu nos outros meses. É o menor resultado para o mês de agosto desde 2020, quando os ingressos tinham sido de US$ 12 bilhões. Em agosto de 2021, o ingresso foi de US$ 6,2 bilhões”, afirmou o chefe-adjunto do departamento de estatísticas do Banco Central, Renato Baldini.

No documento “Estatísticas do Setor Externo”, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (25), os Investimentos Diretos no País (IDP) acumulado em 12 meses totalizaram US$ 65,9 bilhões (3,21% do PIB) em agosto de 2023, ante US$ 71,7 bilhões (3,53% do PIB) no mês anterior e US$ 64,9 bilhões (3,55% do PIB) em agosto de 2022.

Viagens para o exterior

Os gastos de brasileiros com viagens no exterior somaram US$ 1,27 bilhão em agosto deste ano, registrando alta ante ao mesmo período do ano passado, quando os valores somaram US$ 1,05 bilhão.

De acordo com o Banco Central, é também o maior valor de despesas no exterior, para o mês de agosto desde 2019, antes da pandemia de covid-19, quando chegou a US$ 1,3 bilhão.

Segundo Baldini, “o déficit acumulado foi de US$ 5,3 bilhões, que também foi o maior desde 2019, quando chegou a US$ 7,9 bilhões de dólares”.

Os estrangeiros que visitaram o Brasil também gastaram mais. Eles deixaram US$ 657 milhões no país, ante US$ 431 milhões em agosto do ano passado.

Na comparação entre os anos, as despesas líquidas de viagens internacionais alcançaram déficit de US$ 615 milhões, contra US$ 620 milhões no mesmo período em 2022.

Transações correntes

As transações correntes nos oito primeiros meses de 2023 atingiram déficit de US$ 778 milhões em agosto de 2023, ante déficit de US$ 7 bilhões no mesmo período do ano passado.

O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em agosto de 2023 somou US$ 45,3 bilhões (2,21% do PIB), ante US$ 51,6 bilhões (2,54% do PIB) no mês anterior e US$ 53,6 bilhões (2,94% do PIB) em agosto de 2022.

Na comparação interanual, o superávit comercial aumentou US$ 5,1 bilhões e recuaram os déficits em serviços, em US$ 869 milhões e a renda primária, em US$ 504 milhões.

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