Manaus, 29/04/2024

Amazonas

MULTINACIONAL FRANCESA QUEIMA MADEIRA ILEGAL NO PIM, DENUNCIA OSCIP

MULTINACIONAL FRANCESA QUEIMA MADEIRA ILEGAL NO PIM, DENUNCIA OSCIP
29/03/2020 08h00

Uma balsa que transportava mais de 1000 m³ de madeira ilegal foi apreendida, no início de março, pelas equipes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Batalhão Ambiental e Polícia Federal.  O material apreendido, com documentos divergentes sobre sua origem, seria da empresa Knauf Isopor, que produz embalagens para várias empresas do Pólo Industrial de Manaus.

Em denúncia enviada ao IPAAM e a Polícia Federal, a multinacional Francesa é acusada de queimar madeira ilegal no Pólo Industrial de Manaus (PIM). A empresa atua no Amazonas há anos e usa biomassa (lenha) como insumo de produção de vapor, queimando milhares de m³ por ano. 

“Grande parte dessa madeira está sendo cortada da Amazônia de forma ilegal e maquiada por empresas de fachadas que servem apenas para “esquentar DOFs (documento de origens florestais) como o próprio IPAAM pode verificar. O porto em questão, onde a barca iria atracar para fazer o desembarque, estava inabilitado para realizar a operação”, relata o presidente do Instituto Amazônia Equatorial, Hinperion Monteiro. 

Durante apreensão do material, no último dia 3 de março, foi constatado que o quantitativo de madeira era divergente do que estava na balsa, com cerca de 33.011,5877 m³ a mais. Ainda durante a  operação, foi localizada uma empresa fantasma do Estado de Roraima que gera documentos de origem florestal (DOFs)falsos e vende resíduos ilegais para o Amazonas, servindo de insumo de produção para a multinacional francesa. 

“Graças a denúncia anônima na época realizada pelo Instituto Equatorial da Amazônia na sua qualificação de Organização de Interesse Público Federal – OSCIP, que monitora, e denuncia o desmatamento, e conjuntamente com a apreensão da balsa  conseguimos informações e comprovações do crime ambiental em questão. Fora a multa no valor de R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais), e autuações legais, aguardaremos o que mais os representantes do governo irão fazer para impedir que esse material continue sendo queimado de forma ilegal no Estado”, disse Monteiro.

Até o momento, o IPAAM e a PF ainda não se manifestaram sobre as possíveis penalidades que a empresa deverá sofrer. 

Com informações da assessoria

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