Manaus, 03/05/2024

Meio Ambiente

Planeta dobrou energia renovável em 2023 e se aproximou de meta da COP 28, diz agência dos EUA

O Ceará já é referência na produção das energias eólicas e solar, e nos últimos anos o Estado tem apostado também na produção de hidrogênio verde — Foto: GettyImages
O Ceará já é referência na produção das energias eólicas e solar, e nos últimos anos o Estado tem apostado também na produção de hidrogênio verde — Foto: GettyImages
11/01/2024 12h00

capacidade de energia renovável adicionada aos sistemas energéticos do planeta cresceu quase 50% em 2023, na comparação com 2022, aponta relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgado nesta quinta-feira (11).

As energias renováveis são fontes não poluidoras de energia, como a solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica. O objetivo é que elas venham a substituir o uso dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural), responsáveis pelo agravamento da crise climática.

O índice mostra o crescimento mais acelerado já registado nos últimos 20 anos e aproxima o mundo de cumprir a meta global proposta na COP 28, realizada no ano passado, que é de triplicar a capacidade de energia renovável em nível mundial até 2030.

O crescimento foi puxado pela expansão da energia solar fotovoltaica (gerada pela luz do sol), principalmente na China. O papel da China é crucial para atingir a meta nesse prazo.

No Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, o aumento da capacidade de energia renovável atingiu níveis máximos históricos em 2023.

O Brasil e os biocombustíveis

O Brasil se destaca na produção de biocombustíveis. O documento da IEA calcula que o país deverá responder por 40% da expansão dos biocombustíveis até 2028.

A partir dos dados de 2023, a agência prevê que esse modelo energético ultrapasse o carvão como maior fonte de produção de eletricidade, na média global, até o início de 2025. Com base nessa estimativa, até 2030, a capacidade renovável global deve crescer duas vezes e meia.

Ainda não é suficiente para alcançar o objetivo da COP 28 de triplicar as energias renováveis, mas nós estamos nos aproximando – e os governos têm as ferramentas necessárias para chegarmos lá. — Fatih Birol, diretor-executivo da IEA

Entre os desafios citados pela agência está o cenário macroeconômico mundial. Países emergentes, por exemplo, podem enfrentar dificuldades para concentrar investimentos em infraestrutura de rede em um ambiente econômico frágil e de incerteza política.

“Na ausência de qualquer ajuda aos países africanos e de baixos rendimentos na Ásia e na América Latina, estes não serão capazes de atingir as suas metas de energia limpa. Essa será uma falha no alcance da meta de 2030”, afirmou Fatih Birol, diretor executivo da IEA, em entrevista à Reuters.

Esse era um ponto de atenção citado no relatório da COP28. Apesar disso, a organização acrescenta que as centrais de energia eólica terrestre (gerada pela força do vento) e solar fotovoltaica já se tornaram mais baratas que as centrais de combustíveis fósseis novas ou existentes na maioria dos países.

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