Manaus, 29/04/2024

Brasil

Substância que matou cães pode estar em alimentos de humanos

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
14/09/2022 14h40

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta segunda-feira (12), que a substância presente em petiscos para cachorros que matou ao menos 40 pets pode estar presente também em fábricas de alimentos destinados a humanos. De acordo com a entidade, o ingrediente responsável se trata do propilenoglicol, da marca Tecnoclean Industrial Ltda. Ele estava contaminado por etilenoglicol, substância extremamente tóxica quando ingerida.

Como medida, a entidade proibiu que dois lotes propilenoglicol da Tecnoclean seja comercializado, distribuído e manipulado. Também suspendeu os lotes AD5035C22 e AD4055C21 do etilenoglicol.

– Considerando que o propilenoglicol é um aditivo alimentar permitido para alimentos de consumo humano, a Anvisa decidiu publicar uma medida preventiva, proibindo a utilização e determinando o recolhimento dos dois lotes do produto contaminado com etilenoglicol, para evitar que os produtos sejam utilizados na fabricação de alimentos – comunicou o órgão.

Segundo a Anvisa, o etilenoglicol encontrado nos petiscos é “um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática, podendo inclusive levar à morte, quando ingerido”.

A Tecnoclean informou que comprou propilenoglicol de uma importadora denominada A&D Química Comércio Eireli e o revendeu. A Bassar Pet Food, fabricante de petiscos para cães, foi uma das fornecedoras que comprou o ingrediente.

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