Manaus, 12/05/2024

Amazonas

SUPERANDO LIMITAÇÕES, ATLETA AUTISTA DO AMAZONAS PARTICIPA DE CORRIDA NO ESPÍRITO SANTO

Foto: Mauro Neto/Sejel
Foto: Mauro Neto/Sejel
27/09/2019 16h30

Superar limitações por meio do esporte, é um desafio para qualquer atleta, ainda mais quando essas limitações são mais profundas. Esse é o caso do aluno autista, Ângelo Castro, de 14 anos, atendido pela escolinha de iniciação esportiva de atletismo da Vila Olímpica de Manaus.

Ângelo será desafiado mais uma vez ao participar, neste sábado (28/09), da 18ª Corrida Garotada, circuito destinado a crianças entre 6 e 17 anos, na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo. 

Ângelo vai acompanhado de sua mãe, Thaís Castro, que também correrá no mesmo dia a 30ª Corrida Dez Milhas Garoto. Ele, com 2 anos de idade, ele foi diagnosticado com espectro autista, limitação que afeta a comunicação e a capacidade de aprendizado e de firmar relacionamentos sociais ou afetivos. 

A intensidade do espectro autista varia do grau de funcionalidade de cada pessoa, que pode ir de casos mais severos, em que o autista não consegue estabelecer comunicação e apresenta dependência para a realização de tarefas simples do cotidiano como tomar banho, se vestir e comer, até casos mais leves, em que os sinais são tão sutis que dificultam o diagnóstico. 

Emocionada pelo filho, que em pouco tempo de treino, já vai competir e participar de uma corrida, em um ambiente que pode ser difícil para alguém como ele, Thais fala sobre o avanço de Ângelo. “Ângelo tem demonstrando grande aptidão para a modalidade. O que ele já desenvolve em pouco tempo de treino mostra isso. Vai ser uma emoção grande vê-lo correr. A princípio, ele quer competir sozinho”, destacou.

Onde tudo começou do Boxe, antes das corridas, Ângelo vem praticando boxe há mais de um ano, mas foi nas corridas que ele apresentou uma grande melhora.

“Ele demonstrava ter muitas habilidades físicas, por isso que o coloquei primeiro no boxe, mas foi após começar a treinar atletismo que percebemos grandes avanços nele. A coordenação motora e a socialização tiveram uma evolução fantástica. Agora Ângelo, quando chega à escolinha, cumprimenta e fala com todos, algo que não ocorria antes”, conta Thais.

Ângelo tem como inspiração sua mãe, que é corredora de rua há mais de dois anos. Ela sempre o levou para os treinamentos e percebeu que a atividade despertou interesse no adolescente, que passou a acompanhá-la. “Ele gostava de me ver correndo, até arriscava me acompanhar, entretanto não tinha técnica nenhuma”. 

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